sexta-feira, 6 de novembro de 2009

RELATÓRIO DE ATIVIDADE

Programa: GESTAR II
Formador: Lúcia Helena
Professora: Nelsa Jurema Jardim dos Santos Bittencourt
Escola: Centro de Demonstração
Série: 5ª

R E L A T Ó R I O


Para trabalhar a coerência textual, com alunos da 5ª série, apliquei o “Avançando na prática” do TP 5, p.82 com o objetivo de fazê-los compreender, de uma forma divertida, como se dá a coerência de um texto.
Visando envolver todos os alunos nessa atividade elaborei a mesma da seguinte forma: primeiro montei três quebra-cabeças diferentes, um com figuras recortadas de jornais e revistas, outro com um longo diálogo entre duas personagens e um terceiro com recorte de palavras que formavam uma propaganda das lojas Renner.
Para desenvolver a atividade comecei a aula colocando no quadro, com letras garrafais, a palavra “coerência”, logo após perguntei aos alunos se conheciam o significado da mesma, se já tinham ouvido falar nela antes, etc. Nessa introdução eu pude ouvir a opinião dos alunos a respeito do conteúdo a ser trabalhado, tentando despertar neles a curiosidade e também mostrando que me importo com a aprendizagem dos mesmos.
Durante os questionamentos que fiz e das hipóteses que levantei sobre a questão a ser resolvida os alunos sentiram-se motivados a opinar sobre o assunto e também decididos a arriscar palpites tentando explicar o que seria a tal coerência. Alguns relataram que não conheciam essa palavra, outros apenas tinham ouvido falar, mas um dos alunos fez um relato surpreendente. Ele afirmou que sempre que escrevia um texto a pedido de sua ex-professora de Língua Portuguesa, os textos vinham com um recadinho no verso e entre os recados estava o de que seu texto não era coerente. Para completar ele afirmou: “Acho que foi por isso que rodei naquele ano.”
Outro aluno, disse que estávamos perdendo muito tempo e que deveríamos partir logo para o “amansa burro”, ou seja, para o dicionário a fim de descobrir o significado da palavra em questão. Aproveitando a sugestão do aluno eu sugeri que fizéssemos uma atividade diferente e apresentei os quebra-cabeças. Antes de dividir os grupos expliquei que a atividade nos daria uma idéia mais clara sobre o significado dessa palavra.
A turma foi dividida em três grupos e cada grupo teve a oportunidade de montar um quebra-cabeça diferente. Todos se envolveram nas atividades com bastante entusiasmo e, além disso, tomaram a iniciativa de apresentar para os colegas a montagem de seu jogo relatando os passos seguidos para alcançar o êxito final. Claro que durante o processo de montagem dos quebra-cabeças eu participei induzindo os mesmos a pensarem na construção de um texto, mas o resultado foi muito satisfatório, pois ao final dos trabalhos eles conseguiram perceber que cada peça do quebra-cabeça fazia parte de um todo, ou seja, o grupo que montou as figuras relatou que a falta de uma peça deixaria a imagem incompleta, estranha. O que montou o diálogo entre as personagens disse que a falta de uma peça ou uma peça no lugar errado deixaria o texto sem sentido.
E por fim o grupo que montou a propaganda relatou que teve dificuldade de achar as peças certas, pois algumas formavam frases, mas estas pareciam estar soltas no anúncio dificultando a compreensão do mesmo, mas que após encaixá-las em seus devidos lugares tudo passou a fazer sentido.
Após essa conclusão que os alunos chegaram não é necessário descrever a minha satisfação como professora, pois o meu objetivo foi totalmente alcançado e de uma forma surpreendente, pois não esperava tanto, pelo fato de se tratar de uma turma jovem (5ª série), sem experiências, ainda vivendo aquela faze de transição de passar de um professor para vários professores, várias disciplinas, novos colegas, nova escola, nova diretora, etc.
Para encerrar a aula sugeri que procurassem o significado da palavra “coerência” no dicionário e fizessem uma relação do significado com a atividade realizada. Aproveitei ainda, para mostrar aos alunos a importância do dicionário, dando a eles exemplo de alguns países que costumam ler o dicionário de sua língua, assim como lêem outros livros. Deixando claro que em nosso país ainda há uma visão preconceituosa quanto ao uso desse recurso atribuindo a ele o título de “amansa burro”.
Para desfazer essa visão equivocada a respeito do dicionário, criamos um cartaz e colamos no mural da escola. No cartaz o seguinte recado: “Dicionário é sinônimo de inteligência e somente os sábios conseguem usá-lo”.

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